domingo, 31 de março de 2019

ENTENDA SEU RIM
ÁGUA & CERVEJA 
A HORA CORRETA PARA TOMAR ÁGUA

Você vai ao bar ou a uma festa e bebe uma cerveja.
Bebe a segunda cerveja. A terceira e assim por diante.
O teu estômago manda uma mensagem pro teu cérebro dizendo "Caracas véio... o cara tá bebendo muito liquido, tô cheião!!!"
Teu estômago e teu cérebro não distinguem que tipo de líquido está sendo ingerido, ele sabe apenas que "é líquido".
Quando o cérebro recebe essa mensagem ele diz: "Caraca, o cara tá maluco!!!"E manda a seguinte mensagem para os Rins "Meu, filtra o máximo de sangue que tu puderes, o cara aí tá maluco e tá bebendo muito líquido, vamo botar isso tudo pra fora" e o RIM começa a fazer até hora extra e filtra muito sangue e enche rápido.
Daí vem a primeira corrida ao banheiro. Se você notar, esse 1º xixi é com a cor normal, meio amarelado, porque além de água, vem as impurezas do sangue.
O RIM aliviou a vida do estômago, mas você continua bebendo e o estômago manda outra mensagem pro CÉREBRO "Cara, ele não pára, socorro!!!" e o CÉREBRO manda outra mensagem pro RIM "Véio, estica a baladeira, manda ver aí na filtragem!!!"
O RIM filtra feito um louco, só q agora, o q ele expulsa não é o álcool, ele manda pra bexiga apenas ÁGUA (o líquido precioso do corpo). Por isso que as mijadas seguintes são transparentes, porque é água. E quanto mais você continua bebendo, mais o organismo joga água pra fora e o teor de álcool no organismo aumenta e você fica mais"bunitim".
Chega uma hora que você tá com o teor alcoólico tão alto que teu CÉREBRO desliga você. Essa é a hora que você desmaia... dorme... capota...
Ele faz isso porque pensa "Meu, o cara tá a fim de se matar, tá bebendo veneno pro corpo, vou apagar esse doido pra ver se assim ele pára de beber e a gente tenta expulsar esse álcool do corpo dele"
Enquanto você está lá, apagado (sem dono), o CÉREBRO dá a seguinte ordem pro sangue "Bicho, apaguei o cara, agora a gente tem que tirar esse veneno do corpo dele. O plano é o seguinte, como a gente está com o nível de água muito baixo, passa em todos os órgãos e tira a água deles e assim a gente consegue jogar esse veneno fora".
O SANGUE é como se fosse o Boy do corpo. E como um bom Boy, ele obedece as ordens direitinho e por isso começa a retirar água de todos os órgãos. Como o CÉREBRO é constituído de 75% de água, ele é o que mais sofre com essa "ordem" e daí vêm as terríveis dores de cabeça da ressaca. Então, sei que na hora a gente nem pensa nisso, mas quando forem beber, bebam de meia em meia hora um copo d'água, porque na medida que você mija, já repõe a água. Sabia que...
... tomar água na hora correta maximiza os cuidados no corpo humano?2 copos de água depois de acordar ajuda a ativar os órgãos internos.
1 copo de água 30 minutos antes de comer ajuda na digestão.
1 copo de água antes de tomar banho ajuda a baixar a pressão sanguínea.
1 copo de água antes de ir dormir evita ataques do coração.

terça-feira, 26 de março de 2019

Cura do concreto: conheça cada técnica, suas vantagens e cuidados

Com molhagem constante, por aspersão ou química: antes de escolher é preciso analisar o processo construtivo, a velocidade de desforma e a existência de elementos pré-moldados

A cura do concreto é um procedimento que visa retardar a evaporação da água empregada na preparação da mistura, permitindo assim a completa hidratação do cimento. Executada durante as primeiras etapas de endurecimento, a atividade pode ser realizada de diferentes maneiras, dependendo da situação.

“Pisos e lajes requerem muito cuidado com a cura. Em fundo de vigas e faces de pilares a atenção é menor, pois são peças protegidas pelas fôrmas. Em estruturas de grande volume e pouca área, a cura se torna importante por razões térmicas e não de resistência ou durabilidade”, explica o engenheiro Paulo Helene, professor da Universidade de São Paulo (USP) e conselheiro permanente do Instituto Brasileiro do Concreto (Ibracon).

INFLUÊNCIA DO AMBIENTE

Além do tipo de estrutura, o local onde está localizada a obra também tem que ser levado em consideração para escolha do método de cura, analisando a umidade relativa (UR) do ambiente, temperatura e velocidade do vento. “Curiosamente, a época de maiores problemas por falta de cura em São Paulo são os meses frios de julho, agosto e setembro. Isso acontece devido à baixíssima UR e ventos mais fortes e constantes”, fala o professor.
Já na região norte do país, que tem UR anual de cerca de 95%, não é preciso aplicar nenhuma técnica de cura. “Em contraponto, nas áreas secas do centro-oeste e no interior do Nordeste, a ação é sempre obrigatória”, diz o engenheiro.

DETERMINAÇÃO DO MÉTODO IDEAL

A escolha da técnica mais apropriada de cura passa ainda pela análise do processo construtivo, verificando a velocidade de desforma e a existência de elementos pré-moldados. O custo e a disponibilidade local de ferramentas também precisam fazer parte da equação, assim como eventuais interferências futuras que o método de cura pode causar nas demais atividades que ocorrem no canteiro.
Com base no conjunto de informações, o profissional responsável é capaz de indicar qual a melhor técnica a ser empregada. Entre as mais comuns estão a cura com molhagem constante; via aspersão, irrigação ou alagamento; química; a vapor; térmica; e com agentes internos.

CURA COM MOLHAGEM CONSTANTE

Uma das técnicas mais empregadas, a cura com molhagem constante é também aquela que gera mais dúvidas. A peça de concreto precisa estar permanentemente em contato com a água e não de maneira intermitente. “Molhagem constante significa sempre saturado a 100% de UR, o que não pode ser confundido com a mangueira de água na mão de um operário que molha uma área enquanto observa as demais secando”, ressalta Helene.
O método é indicado para pisos, lajes e, eventualmente, para faces verticais. O tempo de cura da técnica varia em função da resistência à compressão, ou seja, até que a peça atinja, pelo menos, 15 MPa. “No caso de pisos industriais, onde a resistência à abrasão superficial é fundamental, o concreto tem que curar durante 21 dias. O mesmo período precisa ser respeitado em estruturas expostas a ambientes agressivos”, diz o especialista.

CURA VIA ASPERSÃO, IRRIGAÇÃO OU ALAGAMENTO

A cura via aspersão também é recomendada para execução de pisos ou lajes. Nessa técnica, sistemas de ar-comprimido são responsáveis por manter uma névoa próxima à peça de concreto.
“Os procedimentos de irrigação são pouco recomendáveis e muito perigosos porque o operário não consegue molhar tudo de uma só vez e acaba criando ciclos de molhagem e secagem, que são desfavoráveis ao concreto”, comenta o professor, indicando que o alagamento é o ideal. No entanto, nem sempre é possível utilizar essa técnica devido a restrições no canteiro.
Molhagem constante significa sempre saturado a 100% de UR, o que não pode ser confundido com a mangueira de água na mão de um operário que molha uma área enquanto observa as demais secando
Paulo Helene

CURA QUÍMICA

A cura química é a aplicação de produto, por aspersão, na superfície do concreto. A substância, que tem a função de impedir a evaporação da água, pode ser fabricada a partir de WAX, ceras, parafinas, PVA, acrílicos, estirenos, entre outros elementos. “A eficiência da técnica pode variar entre 40% e 100% dependendo da qualidade do produto”, destaca o engenheiro.
A alternativa é indicada para qualquer situação, já que apresenta como vantagem principal a facilidade de aplicação. “Todavia, traz o inconveniente de dificultar ou prejudicar a aderência de revestimentos, chapiscos, contrapisos, pinturas e argamassas colantes”, adverte o professor. As soluções químicas usadas nessa técnica de cura precisam estar em conformidade com as normas ASTM, pois a ABNT ainda não tem uma norma específica para os materiais.

CURA A VAPOR

A cura a vapor ocorre com aplicação de UR em 100% e temperatura controlada que fique acima da ambiente – até o máximo de 70º C. “A técnica é bastante comum em ambientes frios, como no sul do país, ou quando há muita pressa para realizar a desforma”, fala Helene, lembrando que o método foi muito usado na cura de lajes durante a década de 70. “No entanto, raramente é realizado atualmente”, completa.
O procedimento usa o princípio da maturidade para alcançar altas resistências a baixas idades. Por isso, não é aconselhável quando se deseja resistência elevada à abrasão ou durabilidade da superfície.
No caso de pisos industriais, onde a resistência à abrasão superficial é fundamental, o concreto tem que curar durante 21 dias. O mesmo período precisa ser respeitado em estruturas expostas a ambientes agressivos
Paulo Helene

CURA TÉRMICA

A cura térmica segue o mesmo princípio de maturidade, mas é empregada em peças pré-moldadas. O procedimento demora horas e também não deve ser realizado se o produto final precisar de resistência elevada à abrasão ou alta durabilidade de sua superfície.

CURA COM AGENTES INTERNOS

O uso de agentes internos, como os aditivos, é alternativa que exige cuidados. “Porque a eficiência é relativa, pois as faces expostas a ambientes muito secos e com vento podem ser prejudicadas na abrasão e na durabilidade, apesar de o restante da massa estar bem curada e ter alta resistência e durabilidade”, destaca o docente.

O PAPEL DAS FÔRMAS

As próprias fôrmas usadas para moldar as estruturas de concreto protegem as superfícies contra dessecação prematura e funcionam como procedimento de cura. Em muitos casos em que a desforma ocorre de maneira precoce, é necessário aplicar algum dos métodos de cura até que a estrutura alcance os 15 MPa.

NORMAS TÉCNICAS

O Brasil ainda não tem norma técnica específica para os métodos de cura do concreto. No entanto, os procedimentos são citados e exigidos pela ABNT NBR 14931 – Execução de Estruturas de Concreto – Procedimentos. “Existem também as normas internacionais, como a norte-americana ACI 308”, finaliza Helene.

segunda-feira, 25 de março de 2019



Câncer (de 21/6 a 21/7) - Com seu jeito de “coitadinho”, que por fora parece inofensivo, na verdade rende ao nativo de Câncer muitas conquistas. O pior – ou melhor – é que nem sempre você age dessa forma propositalmente. Para o canceriano, uma bobagem realmente vira motivo de um tremendo martírio. O que acha de ser menos pessimista? 


Conselho: acredite mais no seu potencial, já que capacidade não falta para você – precisa mesmo é de confiança.

domingo, 24 de março de 2019


10 perguntas e respostas essenciais sobre Tesouro Direto


Se você é um investidor conservador, mas já deu adeus à poupança, provavelmente  deve entender um pouco de Tesouro Direto, uma das opções que os especialistas mais costumam recomendar para quem tem aversão ao risco mas quer ao menos manter o poder de compra, entre outras coisas. Se você não é conservador, também deve dar aquela olhada nos títulos do Tesouro para a parte da carteira menos arrojada. Ou seja, entender um pouco mais sobre Tesouro Direto é importante para qualquer perfil de investidor. Por isso convidamos o CEO do app Renda Fixa, Francis Wagner, para responder 10 questões comuns e relevantes sobre a modalidade.
1) O investimento em Tesouro Direto é para que tipo de investidor? Apenas para o conservador? Ou é recomendável para todos em diferentes percentuais da carteira?
Os títulos do Tesouro são considerados livres de risco pois possuem a garantia do Tesouro Nacional, mas não por isso somente são recomendados para aqueles mais avessos ao risco. O Tesouro pode oferecer bons ganhos para os investidores que escolherem os títulos de acordo com o seu objetivo financeiro e prazo da aplicação, podendo ajudar na composição da carteira. Para aqueles que precisam de liquidez e/ou estão montando uma reserva de emergência, independente do perfil, por exemplo, uma boa estratégia seria alocar um percentual da renda no Tesouro Selic.
2) Qual o procedimento inicial para quem quer começar a investir e não tem ideia de como fazer?
O primeiro passo é abrir conta em uma corretora de valores e também estudar sobre as alternativas de investimento. Você não precisa ser um especialista para começar a investir, mas precisa buscar entender alguns conceitos fundamentais. Hoje existem milhares de conteúdos de qualidade na internet e até mesmo o site do Tesouro Direto é bastante completo e informativo e tem diferentes cursos e vídeos para ajudar o investidor iniciante. As pessoas tendem a permanecer no tradicional por falta de informação ou até mesmo por medo de tentar algo novo. A maior parte dos investidores mantém seu dinheiro na poupança, mesmo apresentando os piores rendimentos do mercado, porque ainda é a alternativa mais fácil.
3)Existe investimento mínimo?
O investimento mínimo do tesouro é 1% do preço unitário do título desde que seja respeitado o valor mínimo de R$30.
4)Quais os tipos de títulos oferecidos e as diferenças entre eles?
São basicamente 3 títulos diferentes mais os que pagam cupons semestrais. O Tesouro Selic não possui marcação a mercado e, por isso, você pode resgatar o seu dinheiro a qualquer momento sem correr risco de perder dinheiro, sendo uma boa opção para curto prazo. O Tesouro Prefixado possui uma taxa predeterminada e você já conhece a rentabilidade final do seu investimento na data da compra do título, porém, para ter essa rentabilidade integralmente é preciso respeitar o seu prazo de vencimento. O Tesouro tem o compromisso da recompra dos títulos e você pode vendê-los a qualquer momento, porém, à cotação do dia (marcação a mercado)
O Tesouro IPCA+ é uma boa alternativa para prazos mais longos como a aposentadoria, pois protege o investidor do efeito corrosivo da inflação, porém, também possui marcação a mercado. Tanto o Tesouro Prefixado quanto o Tesouro IPCA+ possuem a opção de títulos com pagamento de juros semestrais que funcionam como um adiantamento da rentabilidade final, assim, todo semestre um valor referente à rentabilidade do título daquele período irá cair na conta do investidor.
5)Como buscar a melhor opção? Como o app Renda fixa pode ajudar?
O investidor pode escolher a melhor alternativa de acordo com o seu objetivo. Se, por exemplo, precisa montar uma reserva de emergência, o Tesouro Selic será uma boa escolha, mas se seus planos forem de médio prazo e ele acredita em uma queda da taxa de juros, o Tesouro Prefixado pode ajudar. No site do Tesouro Direto existe um questionário para orientar os investidores em relação aos títulos, o link é esse: http://www.tesouro.gov.br/tesouro-direto-questionario-perfil-do-investidor
No App Renda Fixa temos a calculadora do Tesouro Direto onde os nossos usuários podem simular e comparar os valores de suas aplicações e também saber o quanto terão caso façam aportes mensais.
6) Um título prefixado pode ser válido em quais situações?
O Tesouro Prefixado pode ser uma boa alternativa caso o investidor aposte em uma queda ou manutenção da taxa de juros para curto ou até médio prazo.
7) Um título Selic ou IPCA pode ser válido em quais situações?
O Tesouro Selic pode ajudar aqueles que precisam de liquidez, ou seja, que não têm uma data certa para seu investimento e não podem ficar com dinheiro travado em uma aplicação com prazo mais longo, ou ainda para aqueles que estão montando sua reserva de emergência. O Tesouro Selic é considerado por muitos a nova poupança pela sua liquidez e segurança. O Tesouro IPCA+ é uma boa alternativa para aqueles que possuem planos com prazos mais distantes, como a aposentadoria, e podem deixar o dinheiro por mais tempo rendendo.
8) É possível vender o título antes do prazo? Como funciona?
Sim, o Tesouro tem o compromisso da recompra e o investidor pode sim vender seus títulos antes do vencimento, porém, a preço de mercado, ou seja, à cotação do dia. Ele precisará solicitar a venda pela plataforma do Tesouro dentro do horário permitido e o prazo será de acordo com o combinado entre o investidor e a instituição financeira (que costuma ser de no máximo um dia útil). Lembrando que o Tesouro Selic não conta com a marcação a mercado, pois é um título 100% pós-fixado.
9) Como funciona a questão de IR e outras taxas? O que o investidor deve considerar?
No Tesouro Direto existem encargos. O investidor paga taxa de custódia para a B3 no valor de 0,25% ao ano sobre o valor aplicado, e essa cobrança é feita em duas parcelas, a metade no primeiro dia útil de  janeiro e a outra metade em julho. Tem também cobrança de IOF (Imposto sobre operações financeiras) no primeiro mês e Imposto de Renda na tabela regressiva, ambos somente sobre o lucro e válidos para todos os títulos.
10) Quais recomendações você teria para quem está pensando em aplicar na modalidade e ainda está receoso de tirar o dinheiro da poupança por exemplo?
Primeiro que faça simulações, para isso nós temos a calculadora do Tesouro Direto no App. É importante que o investidor veja o quanto está perdendo na poupança em relação a outras opções tão ou mais seguras quanto. Outra recomendação é que acesse a plataforma do Tesouro para conhecer um pouco mais sobre os títulos. Lá tem bastante informação e pode ser o que fará com que o investidor fique mais aberto e repense sobre novas alternativas de investimento.
------ Este artigo foi escrito por Redação Dinheirama. Este artigo apareceu originalmente no site Dinheirama.A reprodução deste texto só pode ser realizada mediante expressa autorização de seu autor. Para falar conosco, use nosso formulário de contato. Siga-nos no Twitter: @Dinheirama

sábado, 23 de março de 2019


"Há aqui uma pequena contradição: sua alma está começando a sentir que precisa expandir-se para novos horizontes, conhecer novas pessoas, fazer novos contatos, aprender coisas novas, ir para lugares não antes navegados. Todavia, a Lua na quarta casa lhe faz passar por alguns dias de introspecção necessária."

terça-feira, 19 de março de 2019


Geotêxteis podem ser usados para drenagem, reforço e separação de camadas

As propriedades do solo e a função que a manta irá desempenhar devem ser consideradas no momento da especificação

Os geossintéticos são usados em obras geotécnicas, e podem ter uma ou mais funções. Filtração, proteção, impermeabilização, separação e controle de erosão superficial são algumas delas. O material pode ser separado em categorias, dependendo do processo de fabricação, e uma dessas divisões são as mantas geotêxteis. “Entre todos os geossintéticos, os geotêxteis são aqueles com maior campo de atuação. O produto pode ser utilizado como elemento de separação (construção de rodovias com diferentes solos), de reforço (taludes íngremes e aterros sobre solos moles), filtrante (substituição de filtros de areia naturais), ou até mesmo como elemento impermeável a líquidos ou vapores, quando impregnados com asfalto”, explica o engenheiro Carlos Vinicius dos Santos Benjamim, diretor técnico da Eng Consultoria e Projetos.

DRENAGEM

De acordo com o engenheiro Demetrius Guimarães, gerente comercial da Bidim, as mantas geotêxteis são utilizadas em todas as obras de infraestrutura. A solução é utilizada também na drenagem, reforço de estruturas de pavimentos e muros, separação de camadas de pavimentos, entre outras aplicações. “O material funciona de maneira semelhante a um filtro: deixa a água entrar no dreno e bloqueia a passagem de partículas. Com isso, os tubos de drenagem ficam limpos. Sem terra nem areia, a vida útil do dreno será a mesma do geotêxtil, ultrapassando 100 anos”, completa Guimarães.
O material funciona de maneira semelhante a um filtro: deixa a água entrar no dreno e bloqueia a passagem de partículas. Com isso, os tubos de drenagem ficam limpos. Sem terra nem areia, a vida útil do dreno será a mesma do geotêxtil, ultrapassando 100 anos
Demetrius Guimarães

POLIÉSTER (PES) OU POLIPROPILENO (PP)

A matéria-prima mais empregada na fabricação das mantas geotêxteis é o poliéster (PES) ou o polipropileno (PP). “O poliéster é mais indicado para aplicações nas quais o material estará submetido a tensões constantes por longo período. O polipropileno, por ser mais resistente aos ataques químicos e biológicos, é opção para meios agressivos”, fala Benjamim. “Normalmente ele é utilizado em minerações que usam fortes ácidos ou bases no processo de extração”, exemplifica Guimarães. A fabricação das mantas varia conforme o tipo de geotêxtil: há os tecidos e os nãotecidos, classificados em função do arranjo estrutural de suas fibras.

TECIDOS X NÃOTECIDOS

“Os tecidos são compostos por dois conjuntos perpendiculares de elementos lineares, sistematicamente entrelaçados para formar uma estrutura plana. Os fios, filamentos ou laminetes são entrelaçados seguindo direções preferenciais com máquinas têxteis convencionais. Já os nãotecidos são formados por filamentos ou fibras distribuídas aleatoriamente e unidos para formar uma estrutura plana”, detalha Benjamim. Essa união pode ser realizada por entrelaçamento mecânico com agulhas (agulhado), por fusão parcial (termoligado), com o uso de produtos químicos (resinado) ou por reforço (reforçado).

GEOTÊXTEIS - COMO ESPECIFICAR

Para Guimarães, o geotêxtil é um produto de engenharia que deve ser especificado pelo projetista para atender a cada situação específica da obra. “O modelo do material é determinado de acordo com sua resistência e, atualmente, o mercado oferece 15 diferentes tipologias, com resistência que varia entre 7kN/m e 48kN/m. Para determinar a resistência, são usados métodos de cálculo específicos para cada tipo de aplicação e o dimensionamento deve ser feito pelo projetista.

As propriedades do solo e a função que a manta irá desempenhar devem ser considerados no momento da especificação. “Quando o material é utilizado como reforço, devem ser avaliadas propriedades como resistência à tração e aplicar fatores de redução para fluência e danos mecânicos. O mesmo deve ser feito para outras aplicações. Para cada especificação existe um método de ensaio próprio, e a frequência desses ensaios precisa também estar especificada em projeto”, ressalta Benjamim, lembrando que é recomendado o uso de literatura qualificada, por exemplo, o Manual Brasileiro de Geossintéticos, publicado pelo Comitê Técnico de Geossintéticos da ABINT – Associação Brasileira das Indústrias de NãoTecidos e Tecidos Técnicos. “Outra fonte de consulta são as recomendações do IGS Brasil – Associação Brasileira de Geossintéticos”, complementa.
O geotêxtil é uma solução que deve satisfazer os mesmos critérios de filtração, como qualquer outro material natural, requerendo, portanto, a definição no projeto de que suas aberturas sejam pequenas o suficiente para impedir a fuga excessiva de partículas finas do solo; que sua permeabilidade seja alta o suficiente para dar vazão ao líquido coletado, sem aumento significativo das perdas de carga; que tenha resistência suficiente para garantir sua integridade durante as operações de instalação; e que apresente durabilidade compatível com o que prescreve o projeto.
Existem algumas situações específicas em que as mantas devem ser dimensionadas com relação à colmatação química ou biológica. “A utilização do geotêxtil para a filtração de percolados de aterros sanitários é um desses casos. Nesse cenário, é indicado o uso de geotêxteis tecidos com grande abertura, devido à estrutura formada por laminetes, que evita o alojamento de culturas de bactérias, impedindo a colmatação. Para todos os demais sistemas de drenagem, a utilização dos geotêxteis nãotecidos torna-se altamente recomendada”, explica Benjamim.

VANTAGENS X DESVANTAGENS

Os geotêxteis apresentam grandes vantagens com relação à instalação, principalmente quando comparados às soluções convencionais. “É possível realizar o trabalho em épocas chuvosas e há eliminação de exploração de jazidas. Estes benefícios proporcionam economia na obra, e contribuem para que o prazo seja cumprido”, diz Benjamim. Porém, é preciso tomar alguns cuidados no procedimento de instalação para garantir a eficiência do produto a longo prazo.
“O procedimento dependerá muito da função para qual o geotêxtil será utilizado. De forma geral, o material deve ser instalado em superfície plana, isenta de raízes, galhos e agregados pontiagudos. Recomenda-se que o material também seja aplicado em local limpo, evitando o contato direto com lama, óleo ou qualquer outro produto que possa alterar as propriedades para as quais o geotêxtil foi dimensionado”, comenta.
Quando o material é utilizado como reforço, devem ser avaliadas propriedades como resistência à tração e aplicar fatores de redução para fluência e danos mecânicos. O mesmo deve ser feito para outras aplicações
Carlos Vinicius Benjamim
Entretanto, as mantas têm como desvantagem a degradação causada por raios ultravioleta. “O material não pode ficar exposto às intempéries. Ainda é recomendável impedir o tráfego de máquina sobre o produto, como também especificar camada de solo mínima de cobertura antes da liberação do tráfego, geralmente em torno de 30 cm. Caso o solo de fundação seja muito compressível, esta camada deverá ser maior, em torno de 50 cm”, avalia Benjamim.
A abertura das bobinas de geotêxtil deve respeitar as condições da obra e as solicitações construtivas ao que o material será solicitado. O sentido da sobreposição entre os rolos precisa considerar aspectos como o lançamento do solo sobre o material, ações do vento e fluxo de água. As dimensões da sobreposição variam de acordo com a sua aplicação. “Quando preciso, deve ser realizado processo de união entre as mantas para garantir a sua junção, por exemplo, costura ou termofusão”, indica Benjamim.

QUALIDADE

O mercado de geotêxtil teve grande crescimento na última década. “Porém, como qualquer outro material de construção, a falta da correta especificação e controle acarretam a compra errada do material, causando perda de qualidade. Para resolver o problema, o Comitê Técnico de Geossintéticos da ABINT deu início à regularização do mercado. Começou um criterioso programa para analisar a indústria e os usuários, passando a classificar os fabricantes e distribuidores em todo o território nacional”, afirma Benjamim.
O programa encontra-se em estágio avançado e, provavelmente, ainda em 2015, o Ministério das Cidades divulgará em seu site, por meio do PBPQ-H – Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat –, quais empresas estão classificadas como conformes e não conformes. Benjamim recomenda que para escolher o fabricante ideal, o comprador certifique-se de que o material atenda à ABNT NBR ISO 10320. “Também é válido verificar se está em conformidade com o PBPQ-H”.
As normas ABNT ISO abrangem todo o tipo de ensaio, para que a qualidade do material seja assegurada. “Existem laboratórios que fazem ensaios em geotêxteis e algumas obras ensaiam os materiais que chegam e só liberam o lote depois que o produto é aprovado”, assegura Guimarães.
“Uma norma muito importante, lançada em 2013, foi a ABNT NBR ISO 10320 – Geotêxteis e Produtos Correlatos – Identificação na Obra –, que descreve como o material deve ser identificado, com informações sobre sua gramatura, dimensões e tipo de polímero”, destaca Benjamim. A recomendação mais importante desta norma é que o geotêxtil deve apresentar o modo de identificar corretamente o produto no momento de sua instalação, mesmo que não esteja mais em sua embalagem original. “Para isso, os fabricantes se tornam obrigados a gravar o nome comercial ao longo da borda da bobina, com intervalos regulares de, ao menos, cinco metros. Esta medida desvenda no país fabricantes e fornecedores que vendem o material fora da especificação, entregando ao cliente geotêxteis com a gramatura e/ou resistência à tração abaixo do especificado”, complementa.
É BOM SABER
O preço das mantas geotêxteis é determinado levando em consideração particularidades como sua gramatura e resistência à tração, como também a composição polimérica. “O material é vendido por metro quadrado”, finaliza Guimarães.